sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

O Jogo dos 7 Acertos

Foi a revolução mais revolucionária que já presenciei! Apenas algumas exigências básicas: a) um quarto/escritório bem grande e um banheiro adequado; b) uma cozinha/copa ampla e funcional; c) uma sala com tudo o que tenho direito (rs)... o resto? Pode quebrar, juntar, rebaixar, vender, doar, queimar! Com muito custo me convenci que seria de bom tom manter o lavabo. Tudo bem, não se pode ganhar todas! Desde que estejamos no reino geral do clean, do prático, com o máximo de alvenaria possível e o mínimo de móveis. Quadros, lembranças, passado, tudo extinto! E nada que lembre (ou incentive) a palavra hóspede! Não dei o menor palpite, mesmo porque não estava in loco (já comentei que detesto reforma?!). Foram exatos 43 dias.

Quando entrei ontem... sei lá, não sabia que futurismo (seja lá o que isso signifique!) era parente próximo de clean. Um pouco casa dos Jetsons... exagero! (rs) Nunca, em tempo algum, meu armário esteve tão organizado (medo até de mexer). Tudo branco, areia e prata. Luzes indiretas, com regulagem. A cozinha, santo Deus! Levarei um tempo até me integrar aos ambientes. Porém, não agora. Quem sabe nas férias de julho. Agora é curtir meu presente de natal parte a. Até porque depois de amanhã volto pras Gringas. Não vi ninguém (ninguém mesmo!), primeiro natal solo de muito tempo. Eu e meu AP. Meu novo AP absolutamente só meu. E, como eu, tendo apenas o futuro pela frente.

Em janeiro assumo a planta de Tampa pra fazer o que mais gosto: expandir um negócio. Remodelar, crescer, contratar... alguém se habilita? (rs) A cidade é linda, o clima é bom (pra quem gosta de calor), o ambiente acolhedor e o futuro chefe (no caso, eu) é um amor. Solteiro, bom partido, quarentão (isso tá parecendo “aqueles” anúncios, rs). Nos últimos tempos deixei a barba. Muito interessante! Nesse exato instante tenho a mais clara certeza que fiz tudo certinho! Afinal, não se pode ter medo de errar quando o que temos pela frente é um marzão novo esperando que o exploremos.

PS: Melhor alterar ligeiramente o nome do post. A primeira coisa que fiz hoje pela manha foi tirar a barba. Que coisa mais irritante! (rs)

… No one spoke as our voices rose
Stars were shining and so were our souls
But now its just memory burnt in my brain…


quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Unofferable

OK, ninguém venceu! Embora também ninguém tenha perdido. Eu tinha os meus projetos, tão perfeitos, tão dignos, tão... planejados. Agora, talvez, seja a hora certa de dissipá-los, fazer com que voem no ar, tão etéreo é o seu lugar; não aqui, nesse chão de durezas inenarráveis. Lição a se aprender: mesmo quem já viveu com tudo, um dia aprende a viver com o possível. Sabendo que o possível jamais será um tudo.

Sei que muito do insucesso, nesse campo insuspeito das emoções, se deve ao meu ridículo amor-próprio, que sempre fala primeiro, quer seja à distância, quer de bem perto. Mas, estou vivo. E a vida não é ridícula, como também não é ridícula a minha vontade de viver. E, se for com você, que seja assim, na singela verdade da terra. Nem mais, nem menos que isso.


domingo, 18 de outubro de 2015

You Were Never a Stepping Stone

Arrumei uma encrenca “daquelas” com o controller. Isso foi na sexta. Alguém já disse que uma boa forma de "suicídio" consiste em cutucar leão com vara curta. Isso foi na sexta. Amanhã, parece, o silêncio irá se romper. (Shit #1)

Semana passada terminou o sabático do Claudio. Como ele não perguntou nada, eu não respondi. A pretexto de tomar pé de algumas novidades que apareceram em Sampa, ele arrumou as malas e se foi. E eu... deixei. Até ontem, sem comunicação alguma. Desde ontem não consigo pensar direito. (Shit #2)

Hoje, bem madrugada, escrevi pra ele. Não tive coragem de reler, tamanha confusão que devo ter escrito, tamanho nonsense. Até agora, nada. ((Shit #3)

Marquei um “encontro”, mais à noite. Sei que vai dar em nada; é perceptível nossa inadequação, a quilômetros de distância. Provavelmente irei... apropriadíssimo pra fechar essa shit semana.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Vez Por Outra, O Dia Amanhece Nublado

Só as pessoas que amamos morrem. Os outros, mesmo os amigos, tendo existência própria, não conseguem imprimir em nossas almas o sentimento amargo (o mais amargo!) que a morte produz. A morte é a separação absoluta do que só o amor conseguiu unir. Dizem que o amor é mais forte do que a morte. Bobagem! O amor é feito de carne, ossos, cheiros, texturas... e é isso que a morte destrói! Sorry, Platão!

By the cracks of the skin I climbed to the top
I climbed the tree to see the world
When the gusts came around to blow me down
Held on as tightly as you held on me…


terça-feira, 29 de setembro de 2015

World Spins Madly On

“O homem põe e Deus dispõe”, diz o ditado. Se eu fosse um pouco criativo diria: a razão põe e o coração dispõe! Que razão tem Deus? Do coração, sabemos que não tem razão alguma. Saudade de ser ilha...


quarta-feira, 29 de julho de 2015

Banco de Areia

Se existe uma coisa que costuma ser a maior armadilha da vida é se sentir seguro em demasia. Em mares turbulentos, quando o perigo nos ronda, a angustia e o medo nos tornam muito mais atentos, mais em prontidão no enfrentamento de tudo, principalmente dos fantasmas que carregamos em nós mesmos. No entanto, basta um longo período de calmaria, aliado à previsibilidade de uma rotina “céu de brigadeiro”, para que acreditemos ter superado muito do que nos causa dor.

Não gosto de escrever assim, em tese, como se o que acontece comigo pudesse se arvorar em verdade absoluta. Ao menos por aqui, prefiro ser mais direto. Serei: em um momento de vacilo, não, pior, em um momento de idiotice em estado puro, resolvi levar o Claudio para conhecer... Onde eu estava com a cabeça?! Aquele era o “nosso” lugar, não dele! Ele não sabia, eu sim! Como é triste se sentir estúpido! Provavelmente ele não entendeu, mesmo porque eu escondi o quanto pude a minha sensação de quase me perder no imenso buraco que se abriu em minha frente.

Não sei até que ponto foi real... com certeza foi minha imaginação. Ao chegarmos, um frio me percorreu. Era um prenúncio, a que não dei ouvidos! Eu devia, eu podia ter abortado a situação. Mas não; o forte, o seguro, o cheio de si resolveu que era hora de arriscar, de provar que os mares são outros! Fomos caminhando, a conversa bem amena e, num lapso, ou flash, não sei bem, eu me vi naquele mesmo lugar, tão carregado de “nossas” marcas, mas o tempo era outro. Era um tempo passado. Foi assustador! Era como se eu não estivesse mais no tempo presente, mas sim pairando em outro tempo: o “nosso” tempo. Nem sei como consegui falar que precisava ir ao banheiro. Depois de quase mergulhar minha cabeça na pia (a água bendita como que levando pra longe meus pensamentos), olhando no espelho, me vi voltar. Muito medo!

Isso foi no sábado. Não contei pra ele, nem pra ninguém. Precisava contar. Enquanto ele dorme, estou aqui. Tudo é muito difícil, muito! Não estou nada bem...


sábado, 4 de julho de 2015

Done



Devidamente instalado. Até posso dizer que gostei. Vizinhança tranquila, silenciosa. Se bem entendi, a maioria é composta de casais aposentados. O que, de certa forma, não combina com o estilo modernoso do edifício. Se é para mudar de fato, nada melhor do que ser a caráter! Por enquanto não me entediei. Aguardemos os próximos meses.

E amanhã começa a licença sabática do meu amigo. Só dele (que, pra mim, o trabalho “pegou no breu”!) e pelos próximos 60 dias. O que, convenhamos, não é um sabático ao pé da letra. Espero que: a) ele não resolva se arvorar como meu ecônomo (rs); b) que eu tenha paciência e c) que nossa amizade resista. Se é para mudar de fato, por que não experimentar a tentação de transformar água em vinho? Será possível? Aguardemos os próximos meses.

Como estou me sentindo? Diferente, meio esquisito! Como alguém que desistiu de fazer apostas em lances mais ousados, talvez. E que só resolveu arriscar no certo, correndo o risco (paradoxal?) de torná-lo incerto, ou mesmo desconstruí-lo. OK, no fundo acredito que seja quase impossível “detonar” uma relação de décadas. Mas, que ela poderá ser abalada, isso pode acontecer. Se é para mudar de fato, por que não? Pelo menos não poderei me sentir vazio no futuro por não haver tentado. Os próximos meses começam amanhã!

Quando o inverno chegar quero ir pro Canadá...

Is this place shaking, or is it me?
What can 'I feel' mean, without you?
And everything become more true
The more that I believe in you
Stealing tomorrow...


terça-feira, 9 de junho de 2015

1.e4 d6 2.d4 Nf6 3.Nc3 g6 4.Be3 Bg7 5.f3

“Cara, você é diabólico, pra dizer o mínimo! Deve ganhar metade das pessoas apenas com esse jeitão de cachorro em dia de mudança! :p Adiantaria eu dizer que não entendo? Tudo anotado aqui, para posterior cobrança em cartório.

Vamos falar sério agora. Acredito que já conversamos o bastante, além de nos conhecermos a séculos. Logo, desnecessário se faz termos que reprisar o assunto. Conheço demais o seu pensamento e, mais importante, o seu sentimento. Eu sei que, das muitas formas de amor, a que eu tenho comigo nem eu mesmo consigo explicar. A palavra mais adequada, a primeira que sempre me vem quando penso, é tranquilidade. Isto posto, você sabe que, independente de qualquer coisa, eu sou seu amigo.

Como você sabe que eu odeio frio, ando pensando aqui em tirar umas férias sabáticas de verão por essas bandas daí. Se a minha companhia não te desagradar muito, troco estadia por lavar, passar e cozinhar. Para outros serviços, cobro uma pequena taxa extra! :)

Aguardo retorno asap. Conhece esse cantor? ;)”


Encontrei um ap todo lindinho, bem próximo do trabalho. Dizem que caminhar faz bem à saúde e ao espírito... (rs)


domingo, 31 de maio de 2015

Diário de Bordo



Contingente

“Poxa, cara, o que acontece com você? Às vezes tenho a impressão que você mudou o número do seu celular. Sei que, sem notícias, quase nunca é prenuncio de más notícias; mas, custa ao menos dar um oi, dizer que tá tudo bem? Esse já é o terceiro email. Não vou esticar demais. Começo a crer que estou naquela categoria dos amigos contingentes. É isso?” (Parece que alguém está bravo)


Amigos Íntimos

Dizem que (não experimentei em minha vida), com o passar do tempo, uma relação amorosa plena e constantemente aprofundada pela convivência diária, pelo partilhar de uma vida em comum, tende a, lentamente, transmutar-se em relação de amizade. Não que o erótico seja suprimido. Talvez amortecido, se esta for a palavra.

Dizem que (será?) quando dois amigos se tornam íntimos, muito íntimos, a ponto de não terem segredos de espécie alguma, um com o outro... quando a amizade é muito intensa, tão intensa, a ponto de confiarem cegamente um no outro e de não temerem julgamentos, sentindo-se absolutamente seguros com que um pensa do outro... nesse momento essa relação, transbordando os limites da intimidade “per se”, poderia se erotizar.


Palace Bar and Grill

Pela 3ª vez na vida, fui ontem a um barzinho gay. Lugar badalado, famosinho (rs) frequência de latinos e descendentes, jovens. Com toda a sinceridade, não é o tipo de ambiente que faça a minha cabeça. E nem é por conta da idade, que das outras vezes eu ainda era bem jovem. Lá pelas tantas (e que nem eram tantas assim!) um “chico cachondo” (meu pai, a que ponto! rs) a me comer com os olhos. Outro que me confundiu com algum nativo. Quer saber? Ao menos por uma noite não dei uma de “destruidor de sonhos”. Acabei aprendendo algumas palavras de baixo calão, em espanhol. (rs) E ele aprendeu que até um yankee pode ter sangre caliente...


quarta-feira, 20 de maio de 2015

Empoderamento

No Camila’s (*), após longo debate na reunião geral, que atravessou em muito o horário do almoço. Tema do dia: empowerment. Apesar de não gostar do conceito, mesmo porque ele me parece desgastado, parece provável que um dos aspectos que mais atrapalha o fluxo de trabalho por aqui seja, de fato, a lentidão dos processos decisórios. Tudo acaba dependendo do aval dos diretores de área e do “bater o martelo” da presidência. Mesmo o controller (que, ou estou enganado, ou não “vai muito com a minha cara”), parece não se sentir tão empoderado (neologismo arrastado!) como deveria. Sigo flanando (rs), mas com a nítida sensação de que, brevemente, serei solicitado a dar palpites mais contundentes. In God we trust!

Meu prato, no melhor estilo “bricklayer” (era o clima, tinha que aproveitar), uma Budweiser (foram duas, na verdade) “estupidamente”, completando com um Romeu e Julieta, imprescindível... se não fosse por meus trajes, meu jeitão, e dado que fiquei no meu canto, apenas observando, fui confundido com um nativo (rs). O garçom conversando comigo em inglês, eu respondendo... interessante o rapaz! Pelo sotaque, pensei, deve ser mineiro. Muito educado, atencioso, me olha como quem se interessou um pouco além do usual. Deve ter uns vinte e poucos anos; será que “tá valendo”? (rs)

Peço pra fechar a conta. Em português. Alguns segundos sem entender bem o que ocorria e... acho que ele se sentiu um pouco mais empoderado (rs) na situação. Bingo! É de Juiz de Fora. Entre pagar a conta, me dirigir para a saída e esperar pelo meu carro (ele teve a deferência de me acompanhar), conseguimos conversar sobre o básico do que estamos, os dois, fazendo por essas bandas. Deu tempo até de ele me explicar (pareceu mais um convite) que, mês que vem, não lembro que dia (só falta ser no dia de Santo Antonio...) eles farão um evento “junino”. Não me senti muito tentado. Ou será que devo conceder mais algum empoderamento pro moço? 

   

(*) Um dos mais tradicionais restaurantes de comida brasileira por aqui. Minha primeira vez: não gostei muito! Quer dizer, pra matar a saudade de alguns sabores (arroz, feijão, carne seca, rs), até que vai. O que incomoda é a profusão de “brazucas”, que talvez acreditem que, quanto maior a algazarra, mais brasilidade no ambiente.






quinta-feira, 14 de maio de 2015

14 de Maio de 2015



Não sei para onde, como, com quem. Sei que vou.