domingo, 31 de maio de 2015

Diário de Bordo



Contingente

“Poxa, cara, o que acontece com você? Às vezes tenho a impressão que você mudou o número do seu celular. Sei que, sem notícias, quase nunca é prenuncio de más notícias; mas, custa ao menos dar um oi, dizer que tá tudo bem? Esse já é o terceiro email. Não vou esticar demais. Começo a crer que estou naquela categoria dos amigos contingentes. É isso?” (Parece que alguém está bravo)


Amigos Íntimos

Dizem que (não experimentei em minha vida), com o passar do tempo, uma relação amorosa plena e constantemente aprofundada pela convivência diária, pelo partilhar de uma vida em comum, tende a, lentamente, transmutar-se em relação de amizade. Não que o erótico seja suprimido. Talvez amortecido, se esta for a palavra.

Dizem que (será?) quando dois amigos se tornam íntimos, muito íntimos, a ponto de não terem segredos de espécie alguma, um com o outro... quando a amizade é muito intensa, tão intensa, a ponto de confiarem cegamente um no outro e de não temerem julgamentos, sentindo-se absolutamente seguros com que um pensa do outro... nesse momento essa relação, transbordando os limites da intimidade “per se”, poderia se erotizar.


Palace Bar and Grill

Pela 3ª vez na vida, fui ontem a um barzinho gay. Lugar badalado, famosinho (rs) frequência de latinos e descendentes, jovens. Com toda a sinceridade, não é o tipo de ambiente que faça a minha cabeça. E nem é por conta da idade, que das outras vezes eu ainda era bem jovem. Lá pelas tantas (e que nem eram tantas assim!) um “chico cachondo” (meu pai, a que ponto! rs) a me comer com os olhos. Outro que me confundiu com algum nativo. Quer saber? Ao menos por uma noite não dei uma de “destruidor de sonhos”. Acabei aprendendo algumas palavras de baixo calão, em espanhol. (rs) E ele aprendeu que até um yankee pode ter sangre caliente...


quarta-feira, 20 de maio de 2015

Empoderamento

No Camila’s (*), após longo debate na reunião geral, que atravessou em muito o horário do almoço. Tema do dia: empowerment. Apesar de não gostar do conceito, mesmo porque ele me parece desgastado, parece provável que um dos aspectos que mais atrapalha o fluxo de trabalho por aqui seja, de fato, a lentidão dos processos decisórios. Tudo acaba dependendo do aval dos diretores de área e do “bater o martelo” da presidência. Mesmo o controller (que, ou estou enganado, ou não “vai muito com a minha cara”), parece não se sentir tão empoderado (neologismo arrastado!) como deveria. Sigo flanando (rs), mas com a nítida sensação de que, brevemente, serei solicitado a dar palpites mais contundentes. In God we trust!

Meu prato, no melhor estilo “bricklayer” (era o clima, tinha que aproveitar), uma Budweiser (foram duas, na verdade) “estupidamente”, completando com um Romeu e Julieta, imprescindível... se não fosse por meus trajes, meu jeitão, e dado que fiquei no meu canto, apenas observando, fui confundido com um nativo (rs). O garçom conversando comigo em inglês, eu respondendo... interessante o rapaz! Pelo sotaque, pensei, deve ser mineiro. Muito educado, atencioso, me olha como quem se interessou um pouco além do usual. Deve ter uns vinte e poucos anos; será que “tá valendo”? (rs)

Peço pra fechar a conta. Em português. Alguns segundos sem entender bem o que ocorria e... acho que ele se sentiu um pouco mais empoderado (rs) na situação. Bingo! É de Juiz de Fora. Entre pagar a conta, me dirigir para a saída e esperar pelo meu carro (ele teve a deferência de me acompanhar), conseguimos conversar sobre o básico do que estamos, os dois, fazendo por essas bandas. Deu tempo até de ele me explicar (pareceu mais um convite) que, mês que vem, não lembro que dia (só falta ser no dia de Santo Antonio...) eles farão um evento “junino”. Não me senti muito tentado. Ou será que devo conceder mais algum empoderamento pro moço? 

   

(*) Um dos mais tradicionais restaurantes de comida brasileira por aqui. Minha primeira vez: não gostei muito! Quer dizer, pra matar a saudade de alguns sabores (arroz, feijão, carne seca, rs), até que vai. O que incomoda é a profusão de “brazucas”, que talvez acreditem que, quanto maior a algazarra, mais brasilidade no ambiente.






quinta-feira, 14 de maio de 2015

14 de Maio de 2015



Não sei para onde, como, com quem. Sei que vou.