quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Unofferable

OK, ninguém venceu! Embora também ninguém tenha perdido. Eu tinha os meus projetos, tão perfeitos, tão dignos, tão... planejados. Agora, talvez, seja a hora certa de dissipá-los, fazer com que voem no ar, tão etéreo é o seu lugar; não aqui, nesse chão de durezas inenarráveis. Lição a se aprender: mesmo quem já viveu com tudo, um dia aprende a viver com o possível. Sabendo que o possível jamais será um tudo.

Sei que muito do insucesso, nesse campo insuspeito das emoções, se deve ao meu ridículo amor-próprio, que sempre fala primeiro, quer seja à distância, quer de bem perto. Mas, estou vivo. E a vida não é ridícula, como também não é ridícula a minha vontade de viver. E, se for com você, que seja assim, na singela verdade da terra. Nem mais, nem menos que isso.


2 comentários:

  1. O que sempre gosto de perguntar é porque quem conheceu o tudo deve se contentar com menos que isso?
    Como se o " down grade" fosse uma imposição natural da vida.
    Como se a vida fosse uma espécie de ladrão das emoções espreitando em cada esquina ...
    Escreva mais, desenvolva, o que seria esse amor próprio frente a uma vida que mais parece a morte disfarçada?

    ResponderExcluir