E ele me chamou de covarde! Deve estar certo. De um modo
torto, do meu modo, eu acendi alguma luz no seu caminho. Depois, amedrontado
pela luminosidade, ou pela escuridão tecida por meus próprios medos, deixei que
tudo se esgarçasse. Não tem
outro nome: covardia! Machuca, eu sei. Mas, saber não me exime. Ao menos,
saber faz com que eu compartilhe, em mim, a mesma dor. E como eu conheço essa
dor, espalhada muitas vezes, por mim ao meu redor!
Planas, ruas planas, por onde ando, sem surpresas que não as
que eu mesmo me reservo. Perdido de mim, perdido de quem se aproxima, perdido
de todos, pertencer sem pertencer na essência. Quantos cruzaram meu caminho? Alguém ainda
cruzará? Penso que já não importa mais. Incapaz de amar, ao menos posso
exigir de mim o compromisso de não mais deixar que, inadvertidamente, me amem.
Esta a lição que as planitudes daqui me ensinam. Nada mais há que se decifrar.
If I get
you alone
I promise
you to turn the light on
And if you
feel the dark
Come close
to me
Your
heart's suggesting…
Sua última canção para mim. Tão cedo sua voz não sairá da
minha mente... fique com Deus!