domingo, 16 de outubro de 2016

Depois da Tempestade... Tudo Fica Molhado

Eu tinha os meus projetos; e nada, nenhum, em que constasse o desprezar uma chance, fechar uma porta. O que fiz? Dissipei, desconstrui. Como me sinto? Do lado de fora; mais uma vez entre os perdidos, entre os que apenas estão à distância. Ainda vivo, no entanto...

Pontos Relevantes:
a) Sou irascível. Especialmente quando tenho meu orgulho ferido.
b) E não é fácil aceitar isso!
c) Ao contrário do que supunha, sou impulsivo. (*)
d) E não é fácil aceitar isso!
e) Arrependimento. Vem rápido, mas demora muito pra se esvair.
f) A menos que eu peça perdão...
g) A menos que eu seja perdoado...
h) A menos que...  
i) Não é fácil agir assim!

(*) Em dúvida até que ponto o item c) decorre sempre e somente do a)

Observação: se eu já vivi uma história “encantada”, isso não significa que toda nova história deva ser necessariamente assim. Até que ponto eu, incrustado e tendo uma visão (parcial, convenhamos!) padronizada de como as coisas “devem” ser, simplesmente não soube lidar quando confrontado com um reverso?

Fatos:
a) Soube que ele sofreu para além do que eu possa imaginar. Um amigo da banda foi me procurar e - nem sei como - ouvi o que ele tinha a dizer. Se for verdade (importa agora?), eu cometi a maior injustiça da minha vida!
b) E como é difícil conviver com isso!
c) Poucas coisas me fazem sorrir por aqui. Uma delas era a presença dele. Mais que isso: nunca, em toda a minha vida (aí incluso a tal história encantada), eu senti que alguém tocou tão profundamente e direto a minha alma, como quando ele cantava fixando, por seu olhar, cada palavra, diretamente em mim!
d) E isso, sei, eu perdi. Joguei fora! Troquei pelo vazio.
e) É tão difícil...

No horizonte uma chance de nova mudança. Quem sabe o rigor de um inverno não me faça desprender de onde estou!


5 comentários:

  1. olha, este seu texto esta lindo, cheio de emoção de amor, será que não seria legal ele ler? seria uma boa maneira de começarem a conversar de novo, não digo resgatar o que foi perdido, mas quem sabe começar algo novo! boa sorte!

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    1. Desista.....HHP..... O escritor tem uma sensibilidade tão grande quanto a teimosia dele. Um dia ele encontrará o porto seguro dele! A gente aqui fica torcendo!

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    2. Teimoso, OK! Faltou acrescentar: preocupado em excesso, controlador, com pretensões de autossuficiência, em resumo, e como já me disseram certa vez, um inseguro querendo demonstrar segurança! E, por mais ambíguo que possa parecer, sendo o oposto radical quando se trata da vida profissional.

      Apenas uma observação, sem a pretensão de ser justificativa (que não há, como já escrevi): a pessoa diz (e demonstra) que encontrou o grande significado da sua vida; que te ama, como jamais pensou que amaria alguém; que quer partilhar sua vida na claridade, na sinceridade, no jogo aberto e livre de qualquer receio ou medo. Então essa pessoa, que te encantou e tem plena consciência disso, vai viajar para uma cidade distante; a mesma cidade onde, em outros tempos, viveu - com o perdão da palavra - uma vida um tanto “desregrada”.

      Passam-se os dias... 1, 2, 7, 30, 45... e só responde, vagamente, a um email seu, com meia dúzia de frases (não vejo outra palavra que descreva melhor) “frias”. Depois, quando volta, esperava qual a reação do outro (no caso, eu, já bem descrito nas considerações acima)? O resto, bem, o resto já contei...

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    3. Uma pergunta.....
      quando esses e-mails "vagos" e frios chegavam....Vc dizia isso a ele? : "o fulano de bela voz e que canta olhando pra mim"......Seus e-mails estão vagos e frios....Isso me deixa preocupado.... Aconteceu algo?

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    4. Não foram vários emails vagos! Eu escrevi uns 4 emails, e ele respondeu 1, isso depois de mais de 1 mês que ele havia viajado. Óbvio que o teor de preocupação foi progredindo na medida em que eu ia escrevendo. Hoje sei que ele tinha alguma razão. Que não consegue superar o “descaso” com que me tratou. Quem sabe ainda reste alguma história a ser vivida...

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