quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Día de Los Vivos

“In every love, there are at least two beings, each of them the great unknown in the equations of the other. This is what makes love feel like a caprice of fate – that eerie and mysterious future, impossible to be told in advance, to be pre-empted or staved off, to be speeded up or arrested. To love means opening up to that fate, that most sublime of all human conditions, one in which fear blends with joy into an alloy that no longer allows its ingredients to separate. Opening up to that fate means, in the ultimate account, admission of freedom into being: that freedom which is embodied in the Other, the companion in love.

Without humility and courage, no love. Both are required, in huge and constantly replenished supplies, whenever one enters an unexplored and unmapped land, and when love happens between two or more human beings it ushers them into such a territory. As long as it lives, love hovers on the brink of defeat. It dissolves its past as it goes; it leaves no fortified trenches behind to which it could retreat, running for shelter in case of trouble. And it knows not what lies ahead and what the future may bring. It will never gain confidence strong enough to disperse the clouds and stifle anxiety. Love is a mortgage loan drawn on an uncertain and inscrutable future.”                                                                                               
(Zygmunt Bauman)




Então você chega em casa e vê que tem uma mensagem. Ler, ou não ler, eis a questão! Até agora não consegui me reconectar a mim mesmo. Uma certeza, integral e absoluta: o mocinho é mais maduro e estruturado que eu! O que dizer?

“Enquanto vive, o amor paira à beira da derrota. Dissolve seu passado à medida que prossegue; não deixa trincheiras onde se possa buscar abrigo em caso de emergência. E não sabe o que está pela frente e o que o futuro pode trazer. Nunca terá confiança suficiente para dispersar as nuvens e abafar a ansiedade. O amor é uma hipoteca baseada num futuro incerto e inescrutável.”

É FODA!


3 comentários:

  1. A citação do Amor Líquido é pertinente, mas vc já considerou procurar um psicólogo ?

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    1. Em algumas fases da minha vida eu precisei bem mais do que agora! De uma forma ou de outra acabei dando um jeito. Provavelmente eu teria sofrido bem menos se tivesse procurado a ajuda de um profissional de psicologia. Entretanto, penso que agora as coisas são mais fáceis. Uma das primeiras providências é não pensar e agir de forma impulsiva. Esse post, por exemplo, foi escrito logo que li a mensagem do rapaz. Achei maravilhoso! Hoje, pensando melhor, nem tanto...

      Explicando: à primeira vista essa “definição” de amor é linda, poética, etc. Mas, como funcionaria na realidade? Como sustentar tanta “liquidez” (sinônimo de incerteza, de um não saber de antemão) quando a vida é muito mais feita de momentos simples e práticos, ou seja, a vida tem que ter alicerces em solidez? Se ele acredita que o amor é assim, que deve ser vivido dessa forma, me desculpe, mas não me serve! Eu não suportaria um mês pairando em tanta falta de projeto, por mínimo que fosse.

      E tem mais: duvido que alguma relação amorosa sobreviva sustentada por esse verdadeiro oceano de instabilidade! Surpresas são ótimos combustíveis para a manutenção do amor... quero ver almoçar surpresas todo dia, fazer compras surpresas todo dia, transar (rs) surpresas todo dia! Ele, jovenzinho que é, ainda tem o seu lado idealista muito aflorado, acho que é isso.

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    2. Bauman não defende o Amor Líquido ou inconsequente. O hedonismo é repudiado por ele.
      Se o jovem em questão tem esse tipo de interpretação então eu peço desculpas pelo que escrevi. Ele ainda é um iludido sobre a natureza real do amor ( coisa que vc conhece bem).

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