Contingente
“Poxa, cara, o que acontece com você? Às vezes tenho a
impressão que você mudou o número do seu celular. Sei que, sem notícias, quase
nunca é prenuncio de más notícias; mas, custa ao menos dar um oi, dizer que tá
tudo bem? Esse já é o terceiro email. Não vou esticar demais. Começo a crer que
estou naquela categoria dos amigos contingentes. É isso?” (Parece que alguém
está bravo)
Amigos Íntimos
Dizem que (não experimentei em minha vida), com o passar do
tempo, uma relação amorosa plena e constantemente aprofundada pela convivência
diária, pelo partilhar de uma vida em comum, tende a, lentamente, transmutar-se
em relação de amizade. Não que o erótico seja suprimido. Talvez amortecido, se
esta for a palavra.
Dizem que (será?) quando dois amigos se tornam íntimos,
muito íntimos, a ponto de não terem segredos de espécie alguma, um com o
outro... quando a amizade é muito intensa, tão intensa, a ponto de confiarem
cegamente um no outro e de não temerem julgamentos, sentindo-se absolutamente
seguros com que um pensa do outro... nesse momento essa relação, transbordando
os limites da intimidade “per se”, poderia se erotizar.
Palace Bar and Grill
Pela 3ª vez na vida, fui ontem a um barzinho gay. Lugar badalado,
famosinho (rs) frequência de latinos e descendentes, jovens. Com toda a
sinceridade, não é o tipo de ambiente que faça a minha cabeça. E nem é por
conta da idade, que das outras vezes eu ainda era bem jovem. Lá pelas tantas (e
que nem eram tantas assim!) um “chico cachondo” (meu pai, a que ponto! rs) a me
comer com os olhos. Outro que me confundiu com algum nativo. Quer saber? Ao
menos por uma noite não dei uma de “destruidor de sonhos”. Acabei aprendendo
algumas palavras de baixo calão, em espanhol. (rs) E ele aprendeu que até um
yankee pode ter sangre caliente...