Voltando à programação normal. Isso depois de dias tensos,
muito tensos, e que provocaram (ainda estão a provocar) sérias divagações da
minha parte. Alguma coisa como: quem sou eu, de onde venho, para onde vou... rs
Vamos aos fatos. Depois de todo o entusiasmo que envolveu meu
“homecoming”, na verdade só recuperei minha paz de espírito no “come back”, 3
dias atrás! Alguma coisa mudou, ou muita coisa mudou e eu não mudei, ou mudei e
não me dei conta, ou nada disso... confuso demais! Até agora ainda penso se
devo escrever, ou não, afinal isso é, ou não é meu confessionário virtual?
Focarei no principal evento, aquele que embaralhou “pacas” (essa é nova! rs) a
minha pobre mente perturbada. Antes dele e depois, outros fatos serviram de
entrada e sobremesa. Mas, pulemos tudo.
Sábado passado, depois de algumas conturbações (foco!),
resolvi promover um encontro entre velhos amigos. Sem antes “ter um particular”
com o principal ator, seguramente o convidado central da minha singela recepção
(esse o grande erro, agora sei), resolvi incluí-lo no "pacote formal", junto com
os coadjuvantes. Cheguei a pensar se isso não seria uma indelicadeza de minha
parte, afinal somos amigos (na verdade, muito mais que amigos!) há décadas. Mal
sabia eu o que me aguardava...
Sumarizando: ele foi o último a chegar, quando eu já me
martirizava pela indelicadeza, que eu acreditava ter cometido. Abro a porta...
ele estende a mão, sorri... “esse é o”
(Flávio, Fábio, algum nome com F, me perdi nesse detalhe, rs). O que eu senti
imediatamente? Lembra daquele esquete, onde as pessoas viravam um balde de gelo
sobre a própria cabeça? Então... começou assim! Por pouco eu não perdi a fala!
E todos se ajeitando nos sofás, cadeiras, e os dois, sentadinhos lado a lado e,
não bastasse, de mãos dadas, carinhosos, fagueiros, um casal de pombinhos,
digamos! Foi horrível! Péssimo! Medonho! Sei que é absurdo o que estou
relatando, surreal, imbecil, mas, foi como me senti. Infantilidade à enésima
potência? Provavelmente! Só isso?
Devo ter vivido a maior crise de ciúmes da minha vida! Sem a
menor dúvida! Só não sei ainda qual o tipo de ciúmes. Na hora foi como se eu
tivesse sido traído, como se eu tivesse descoberto uma infidelidade dele, algo
assim. Como pode fazer isso comigo? Dá pra sentir o despropósito desse meu
sentimento? Sim, temos uma história, longa, de altos e baixos, de uma
cumplicidade imensa, intimidade total. E que eu, ele, nós havíamos “resolvido”
(agora tenho dúvida!) há quase um ano. De lá, até esse nefasto sábado,
comunicações formais, notícias de lá, de cá, afinal tudo estava resolvido. E
bastou o tal do F surgir na história e... que detalhe eu perdi? Que nó foi
feito, sem que eu percebesse, tão poderoso a ponto de me bloquear por completo?
Fato é que, me convertendo num perfeito emissor de monossílabos,
não consegui desgrudar meus olhos, um segundo que fosse, do lindo casalzinho.
Desculpem, mas é hora de inaugurar um lado obscuro de mim: QUE MERDA! (rs)
Hoje, sem música! Ainda a procura de um buraco pra me
esconder...
PS: Ah, tem o outro, o que se escafedeu pra Londres! Diz a
sabedoria popular que falta de notícias, em geral, não é má notícia.
Infelizmente não penso assim. Logo que cheguei, escrevi pra ele – quase um
romance, de tão grande! Dois dias depois, meia dúzia de linhas, que poderiam
ser resumidas no tal Keep Calm. Sinceramente? Acho que o ideal pra mim é como
recomenda o meu amigo Johnnie: Keep Walking! Mundo, vasto mundo, aqui vou eu...