Primeiro Mês.
Primeiros dias: como era de se esperar, quase todos,
diretor, gerentes, supervisores, muito desconfiados. Poucos diálogos, até
porque me parecia ser do conhecimento da maioria o desfecho das operações. E me
viam como alguém que, burocraticamente, iria cumprir decisões tomadas e datas
programadas. No fundo, ao menos naqueles dias, isso me dava algum alívio.
Faltava apenas um pequeno (esses pequenos demoníacos!) detalhe: eu não poderia
me envolver. Porque eu me conheço bem e sei que, com algum envolvimento - em
especial no nível pessoal - esse tipo de “ação” fica bem mais intrincado.
Os dias foram passando, as guardas (deles e minhas) foram
baixando e, como não sou tão frio e sisudo quanto pareço (rs), fui me
aproximando de alguns - em especial dois supervisores - e talvez, pela primeira
vez, ouvindo uma nova versão para a situação geral a que se chegou por aqui.
Aliás, esta é outra “marca” que trago forte em minha vida profissional: ouvir,
tanto quanto possível, os vários lados das “explicações” existentes para um
mesmo problema. Sempre acabo por me surpreender pela forma como muitos tomam
decisões incompletas, ou mesmo erradas, simplesmente por não terem acesso
aos vários ângulos das questões. Por
aqui, parece que está acontecendo algo nessa linha.
Então existe um drama: onde não havia (aparentemente) drama
algum, eu começo a enxergar um. Então existe um emocional: o deles e o meu. Então
existe (será? ou um lado de mim é que quer acreditar?) uma alternativa. Complexa,
pedregosa, repleta de idas e vindas, entretanto uma alternativa. Ou uma
combinação de alternativas?
Pela segunda vez na história deste blog, tenho que me
expressar condignamente: QUE MERDA!
PS1: Esta semana (primeira ida?) dei um “pulinho” em Tampa. 3
dias. God bless warm! (rs) Voltei hoje pela manhã. De certa forma ainda não
consigo, mesmo agora, determinar se o motivo (pretexto?) dessa viagem foi bem
desenvolvido. Ou sei? No final das contas, valeu a pena. Esclareci pontos que
ainda me incomodavam muito. E levantei outros... muito trabalho pela frente!
PS2: Hesitei bastante… quer dizer, só um pouquinho (rs). Ontem
à noite, fui ver aquele que – sempre! - traz sossego e anarquia a este pobre
coração. Eu estava bem seguro, modo racional em “on” absoluto (não entendo como
ainda não aprendi que esse tipo de sensação é quase certeza do inverso
absoluto!); tudo corria bem, até que veio o intervalo. E bastou sua proximidade
física! Costumo não acreditar nessas coisas, mas deve existir algo - vibração,
energia, sei lá – que me atinge fisicamente de tal forma, que nem pareço ser o
mesmo de poucos segundos antes. É como se eu ficasse mais leve, mais
desamarrado, não dá pra explicar.
PS3: Ele nunca deixa por menos. É uma tamanha maciez,
frescor, envolvimento, sedução... e, pra fechar a noite com chave de ouro,
canta, em solo/violão, uma canção que me desmontou por completo. Só faltou eu
desabar em choro (foi por um triz).
“Você está hospedado onde?
Vamos comer alguma coisa? Quer dar umas voltas?”
“Vamos fazer o seguinte: hoje você é o adulto aqui (rs). Eu
sou apenas o estrangeiro, o perdido, o sem direção. E me confio em suas mãos...”
… Life
doesn't always give us answers
Some dots
they won't connect until the years go by
If we're
not meant to be together
Some day
we'll know the reasons why…
Uma coisa que realmente me incomoda em seus posts é a impressão de que você tem absolutamente todas as respostas para todas as suas perguntas e fica colocando pontos de interrogação em tudo.
ResponderExcluirEstarei errado?
Eu escrevo da forma como penso. Cabem alguns esclarecimentos (rs): acredito que ter dúvidas não só é fundamental, como também saudável. Acho, inclusive, que o conhecimento caminha mais pelo levantamento de duvidas, do que pelo encontro de respostas. Além do que, a existência de muitas certezas absolutas costuma fechar nossos olhos para a enormidade de alternativas que a vida nos exibe. Pra mim, até que algo se cristalize em certeza, significa que muita água correu por debaixo da ponte, e isso costuma acontecer quando o assunto está dominado. O que é muito bom, não tenho dúvida! (rs) Entretanto, sempre prefiro lidar com aquilo que nomeio certezas provisórias. Nesse exercício constante que faço, o duvidar, melhor dizendo, o questionar é a mola mestra.
ExcluirQuem não me conhece bem talvez julgue que isto é sinal de insegurança. Garanto que não. O que não quer dizer que eu não seja inseguro. Mas, não é dessa forma que a minha insegurança transparece. Acho até que ela fica mais evidente quando me apego a alguma certeza. É compreensível o que escrevo?
Rindo alto aqui em "terra brasilis".....
ExcluirA questão que levantei ( e levantei de maneira inadequada, admito, depois que reli o que escrevi) não é o ser inseguro ou ser inseguro, ter certezas demais ou incertezas demais. Do meu pontinho de vista um bom ser humano transita entre ? e ! ou . tal qual você se auto descreveu. Eu tenho a impressão ( somente impressão, não certeza) que você coloca pontos de interrogação onde você já sabe a resposta. Isso não quer dizer que você seja um indeciso frente a vida. Exemplo: "De certa forma ainda não consigo, mesmo agora, determinar se o motivo (pretexto?) dessa viagem foi bem desenvolvido. Ou sei?" Ora, bolinhas..... Você sabe bem o motivo.
Esse foi um exemplo didático, mas não tenho certeza que consegui me fazer compreender....
Consegui?
rsrs
Acho que descobrimos porque eu chefe te enviou para missão!!! Bom, confesso que fico lá me questionando o quanto ele gosta de você (rs), mas definitivamente ele admira teu trabalho! kkkkk Acho que ele não esperaria menos de você, então... na linha do "aceita que doí menos", acredito que é tempo de mostrar o que você sabe fazer de melhor ...
ResponderExcluirE, por fim, depois do PS2 e PS3... acho que os pretextos/motivos pouco importam né?! Sei lá... as vezes nem todos os "dots" precisam estar conectados, quem sabe a graça seja justamente tê-los flutuando por ai... importante é achar uma mão para segurar quando a gente tiver perdido! kkkk
Okay, divaguei... uma hora dessas te explico melhor! Enfim, importante que o futuro tá la frente, o passado já foi e a gente tem que viver o agora... diria minha avó que "Tudo com tempo, tem tempo!" então... ao meu tradicional, vamos que vamos...
Abraços e boa sorte por ai!
"não é o ser inseguro ou ser inseguro, ter certezas demais ou incertezas demais." Simples assim ... não sei pq perdi este seu post. vou conferir pq ...
ResponderExcluirBeijão
Caraca! Seu blog tinha saído de meu Blog roll ... Devidamente corrigido
ExcluirBeijão