quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Do What's Easy

Tudo começou há 2 semanas. Era relativamente tarde, por volta de 20 h, de um dia particularmente cansativo... e eu, simplesmente, não queria ir pra casa. Que tal conhecer aquele barzinho, que existe no meio do meu trajeto, já devidamente memorizado? Música ao vivo. Quanto tempo que não me aventuro! Essas aventuras...

Jan, 29 - Não sei por que cargas d’água achei que era um barzinho gay. Não era. Bonito, ajeitado, confortável. Um som, meio folk, meio blues. Fui pro balcão, de frente para o cantor e sua banda. Sequência: primeiro a voz, suave, muito suave! Depois, o jeito de tocar o violão. As mãos. O cabelo, os olhos... ele olhava pra mim? Sem viagens, por favor! Duas músicas depois, fim do show, outra banda. Ele veio pro balcão. Cerveja. Sim, olhando pra mim. Perguntou se gostei. Não lembro direito o que falei. Acho que devo ter lamentado por chegar quase no fim da apresentação, algo assim. “Amanhã... amanhã começa às 21 h.”

Jan, 30 - Pensamento solto: não sei onde ouvi dizer que o acaso encontra sempre quem saiba aproveitar-se dele. Não seria o contrário? (rs) Bem, sou pontual, até demais. Tem menos gente e a banda está se ajeitando. De longe, ele me reconhece. Como eu não havia notado que ele é muito jovem?! Talvez, uma dezena de anos a menos do que eu. Bem jovem. Ele sorri, diz que ficou contente por eu ter vindo. Entre amenidades, fui formando sua imagem inteira: educado, fala pausada e corretamente. Como canta bem! Mesmo que eu não conheça a maioria das canções, não havia como não gostar de tudo! “E agora, consegue fazer uma análise crítica?” É tão evidente que ele mexeu comigo? “Tem um café aqui perto, quer ir? Hoje eu fico aqui em Tampa...”

Comentários “cafetinos” (rs): nem preciso dizer o que pensei ao ouvir esse convite! Ou preciso? Pois bem, foi mais de hora de uma conversa absolutamente (quanta abundância desse sufixo!), como dizer? Tranquila. Exatamente assim! Mora em St. Pete, estudou música em Londres, tem 2 irmãs, 1 cachorro, gosta de poesia, já escreveu algumas músicas (algumas do show são dele), essas coisas. Fala mais do que eu, bem mais. E tem 29 anos. Epa! E tão perfumado (isso me mata! rs) “Na próxima sexta tocamos em Clearwater. Quer conhecer?” Não vai dar. Tenho uma reunião bem complicada que começa muito tarde. Quando você volta pra cá? “Sábado. Poderíamos marcar um café, lá pelas 18 hrs, antes do show? Quem sabe você fala um pouco mais sobre esse brasileiro perdido em plena Flórida...”

Feb, 06 - Eu amo esse tipo de jogo! Tenho medo e amo. Ou amo, porque tenho medo. Eu seduzo, ele seduz. Assunto pra outro post! Breve resumo: nem ele, nem eu “tentamos” nada mais... como dizer? Sei que entenderam. Entenderam? (rs) Que “coisa” é essa?! Quase no final do show: “Essa música é de um cantor que adoro, Chris Bathgate e vai pra um amigo de muito tempo, que acabei de conhecer...” (Do what's easy, steal every red cent out of the wishing well…) Meu Deus! Marcamos um almoço, sábado que vem. Vem?

PS: Realidade, onde estás, que não te vejo! Isso tem tudo pra não dar certo! É loucura demais!


4 comentários:

  1. Turandot dizia: " A esperança que sempre nos ilude!!"
    Era uma princesa de gelo.
    Matava todos que se aproximavam dela antes que a esperança se instalasse.
    Não seja uma Turandot.
    Entregue-se a música .

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  2. Respostas
    1. Depois de ver meu esforço lírico cair por terra, é isso mesmo que o Edu traduziu.....rsrs
      Sou suspeito......TODO CANTOR É BOM PARTIDO!!!!

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  3. Edu sempre perfeito! Entregue-se no que puder e curta. Eu amo estes jogos, sempre amei. Não importa o seu desfecho. Vale a pena jogar qdo se gosta dele ...

    Beijão

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