domingo, 14 de fevereiro de 2016

Se É Pra Sair Na Chuva

Foram dias adolescentes essa semana. Troca de mensagens, frescor que não sentia há tempos. Sim, até pode ser incoerente. Incompatível. A tal ponto que, onde a razão pede cuidado, a voz rouca (adolescente) pede apenas que se deixe - inconsequentemente - fluir. E isso é bom. O que se tem a perder? Se é um jogo, há que se jogar. Risco? Sempre há risco, até ao atravessar uma rua. Aposta. Tudo, ou pouco? Como jogam os adolescentes? Os intrépidos pagam pra ver!

Fomos almoçar no meu ap. Comida mexicana - deixei a escolha por conta dele. Não sei, mesmo agora, qual foi a interpretação dele, de tudo o que aconteceu e vem acontecendo. De minha parte, sigo observando. Do que consegui apreender, dos ângulos, facetas já evidentes, gosto muito. Ainda existe uma área, talvez a parte central, que foge ao meu entendimento. Aliás, não é suposto que eu já soubesse tudo. Ponto a destacar (ao menos pra mim): ele não tem pressa! (Entendedores entenderão... rs). E, em sendo assim, não serei eu a servir a sobremesa antes do prato principal...

Outro ponto a destacar (não sei se “shitei” bonito aí... ainda em processo de análise, rs): depois do café, a pedidos, resolvi contar minha história. Deveria ter ido “até o fundo mais fundo”? Fui. Ele ouviu tudo calado. Muito calado! Minha cartada: quem sai na chuva... Certo; provavelmente não era necessário o caminhão inteiro de melancias. Talvez eu devesse considerar os 50% a menos de “estrada” que ele possui. Talvez não fosse o momento para que ele soubesse quem é, em essência, esse brasileiro perdido na Flórida. Fato é que o olhar dele mudou. Não que ele não tivesse, desde sempre, me levado a sério. Só não sei se o ponto de seriedade devesse ser tão completo. Pode uma história envelhecer um olhar?

Depois fomos caminhar. Depois o deixei na casa de um amigo. Depois voltei pra casa, me sentindo leve, apesar de tudo. Depois (pra não perder o costume), lá estava eu, na mesma bat-hora, no mesmo bat-lugar, ao deleite (rs) de suas canções. Intervalo: “Eu escolhi uma música pra você...” No próximo sábado não tem show. Na sexta tem...

PS: “And meet me there, with bundles of flowers, we'll wade through the hours of cold winter…” Jesus, toma conta!


2 comentários:

  1. Pelo pouco que vc já revelou dele, penso q sua atitude de se abrir foi mais q perfeita. A maturidade não está na quantidade de anos vividos. Me parece q esta sua história poderá, em muito, contribuir para uma acelerada no processo. Algo me diz q tudo isto vai encantá-lo ainda mais ...

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  2. Sim.....Uma história pode envelhecer um olhar, mas também pode AMADURECER um coração.
    Estou esperançoso como o Paulo!

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